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segunda-feira, 27 de junho de 2011

A arte de perdoar

 
Livre-se da dor e amargura dos ressentimentos
O pai que nunca elogiava, mas estava sempre pronto a Criticar; o chefe injusto que nos entregou a carta de despedimento; o cônjuge que era infiel. Eis as pessoas que nos magoaram de tal forma que podemos levar anos a recuperar, se é que alguma vez o conseguiremos. Es­tamos ressentidos. Dizemos-lhes as piores coisas que conseguimos (ou pensamos naquilo que gostaríamos de ter dito). Queremos vingança.
Mas, na realidade, a melhor for­ma de nos sentirmos satisfeitos é o oposto da vingança: dizer «perdoo­-te» poderá ser a atitude mais nobre que alguma vez tomaremos. Perdoar não significa ceder; signi­fica esquecer. Quando perdoamos, deixamos de estar emocionalmen­te agrilhoados à pessoa que nos fez mal.
Uma sobrevivente de maus tratos na in­fância diz: «O perdão liberta-nos do pesadelo de outra pessoa, permitin­do-nos viver em estado de graça.» Se perdoar alguém nos faz sentir tão bem, por que será que tanta gen­te arrasta consigo tanto ressentimen­to? Uma explicação poderá ser a com­pensação pelo sentimento de impo­tência que sentimos quando alguém nos magoou. As pessoas poderão sen­tir-se mais poderosas quando cheias de raiva. Mas o perdão incute uma sensação de poder muito maior. Quando perdoamos, recuperamos o nosso poder de escolha. Não impor­ta se o outro merece perdão; impor­ ta que nós merecemos ser livres.
Outra razão por que poderemos recusar o perdão é o medo de parecer que somos fracos ou que capi­tulamos. Há quem pense que des­culpar é o mesmo que dizer que se estava errado e que a razão estava do lado da outra pessoa. Mas perdoar não é libertar a outra, pessoa. É tirarmos o punhal que nos es­petaram nas nossas próprias costas. O perdão liberta a ex-mulher que per­manece amargurada com o ex-ma­rido, o empregado preterido numa promoção ou o parente que não foi convidado para um casamento.
Em muitos casos, a outra pessoa nem sequer está ciente do nosso descontentamento enquanto nos dilacera­mos com a amargura, a pessoa que nos magoou não sente nada. O perdão é bom tanto para o cor­po como para a alma. O passado fe­re-nos de cada vez que o revivemos e isso prejudica-nos a saúde. Está provado que o sim­ples recordar do incidente que nos magoou é prejudicial para o cora­ção. E os sentimentos negativos que provocam stress também são geral­mente apontados como responsá­veis pela tensão alta, pelas doenças coronárias e pela maior susceptibi­lidade de contrair outras doenças.
Apesar de as dores mais terríveis poderem ser infligi das em apenas alguns minutos, perdoar o culpado pode demorar bastante mais tempo. Ao princípio, experimentamos sentimentos negativos como a raiva, a tristeza e a vergonha. Depois, ten­tamos compreender o que se passou ou ter em conta as circunstâncias ate­nuantes.
Por fim, aprendemos a ver a pes­soa que nos magoou com outros olhos. Numa perspectiva mais ampla, a pessoa que nos fez sofrer aparece-nos como alguém que estava fora de si, fraca, doente ou in­consciente do mal que fazia. Alguns de nós poderemos nun­ca atingir o estádio final do perdão. Aqueles que sofreram traumas de infância devidos a pessoas de quem gostavam e em quem confiavam po­derão achar este processo particularmente difícil. No entanto, até um perdão parcial poderá ser benéfico. Se pretende aprender a perdoar, mas não sabe como começar, siga estas sugestões:
Faça a experiência com os ressenti­mentos menores.
O perdão daquelas coisas me­nores (o empregado que nos preju­dica no troco ou o condutor que nos bloqueia o caminho) prepara-nos para a tarefa mais difícil de perdoar as ofensas graves.
Liberte-se dos maus sentimentos.
Confidencie a sua raiva ou desilusão a um amigo ou conselheiro próxi­mo. Conseguirá assim sentir a fortalecedora experiência de ser ou­ vido. Poderá descarregar aquilo que sente sem o perigo de dizer ou fazer algo de que se arrependerá mais tarde. As estratégias de libertação da agressi­vidade, como esmurrar uma almo­fada, ajudam. Se estiver mais triste que zangado, escreva um diário. Mas evite atitudes negativas de raiva, co­mo conduções descuidadas, bater de portas ou partir objectos.
Escreva uma carta à pessoa que o magoou.
Exponha a verdade daquilo que aconteceu de acordo com a sua perspectiva, sem acusar nem julgar. Utilize frases na primeira pessoa do singular: «Creio que ... », «Não compreendo ... », etc. Descreva o impac­te que o comportamento da outra pessoa teve sobre si e exprima o seu desejo de ouvir o que ele ou ela sen­tem acerca do sucedido, para que a questão se resolva. Deverá enviá-la pelo correio? Se puder, faça-o. Mas se a pessoa que lhe cau­sou sofrimento estiver morta ou in­capacitada de ouvir aquilo que tem para dizer-lhe, alguns conselheiros aconselham a queimar a carta, uma forma simbólica de deixar que a sua raiva se desvaneça em fumo.
Não veja o confronto como neces­sário.
Em casos de incesto, tentati­va de violação ou outros actos crimi­nosos, as vítimas podem evitar perdoar ao agressor porque temem con­frontá-lo. E não é realmente necessário enfrentá-lo. O perdão poderá dar-se sem influência ou conheci­mento alheios. As pessoas que per­doamos podem nunca compreender que nos fizeram mal, ou nunca saber que as perdoámos. Podem ser alcoólicos que não compreendem aquilo que tentamos dizer. Podem negar tudo. O que importa é que nos libertemos da nossa raiva.
Ouça com empatia.
Se chegar a confrontar-se com o seu agressor, ou­ça em silêncio, repetindo depois aqui­lo que acaba de ouvir. Ao fazê-lo, começa­rá a ver o seu comportamento de outra forma, tornando-se mais tole­rante, o que poderá levar ao perdão.
Medite ou reze.
«Errar é humano, perdoar é divino», escreveu o poeta Alexander Pope. «Vire-se para a sua espiritual idade ou fé», sugere Mau­reen Burns. «Perdoar poderá exigir mais do que temos para dar só por nós.»
Não pense que perdoar é esquecer.
Porque não é. Não conseguimos es­quecer os traumas, nem deveríamos fazê-lo. Es­sas experiências ajudam-nos a não sermos vítimas novamente e a não ferirmos os outros.
Olhe para o futuro.
Ao fazê-lo, po­derá beneficiar da perspectiva que o tempo lhe proporciona, sem ter de esperar anos para conseguir al­cançá-la. Veja o caso de duas irmãs que se zangaram numa discussão so­bre quem cuidaria da sua mãe doen­te. A que vivia mais perto da mãe não gostava de ter de cuidar dela todos os dias, enquanto a que vivia mais longe se limitava a enviar che­ques. Por fim, a irmã que se zanga­ra perguntou-se o que pretendia pa­ra o futuro.
«A resposta foi: «Quero ter uma boa relação com a minha irmã», diz ela. «A única forma de atingir esse objectivo era ultrapassar a minha rai­va e perdoar-lhe.» Hoje, conseguem falar da mãe sem trocar palavras du­ras, e a irmã que vive mais longe revela-se mais disposta a telefonar aos médicos e a participar na tomada de decisões. O perdão leva à paz interior. De­pois de termos perdoado, rimo-nos mais, te­mos sentimentos mais profundos, sentimo-nos mais ligados aos ou­tros. E os bons sentimentos que ge­ramos prepararão o caminho para uma cura dos traumas ainda mais completatos
Que fazer quando falta o interesse ...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Fernando Pessoa

Coisas que a vida ensina depois dos 40



Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
Artur da Távola

sábado, 4 de junho de 2011

Chiquita Bacana

Poema para um amor platônico, de sonhar e chorar

Quero açambarcar dos teus braços
Quero teu cheiro que envolve meu corpo
Como a neblina que envolve a madrugada
Feito um sonho conturbado,
Um vacilo da realidade.
Se entre lágrimas e sorrisos, te encontrar, por outro amor
Terás certeza de minha dor
Mas, para mim, não estarás ausente
Senão perto dos meus consolos
Entregue à força da noite:
Sonho de conquista
Grito no silêncio...
Desejo!
Quero vitoriar teus sussurros, suspirar tua canção
Quero o teu calor de tempestades tropicais
Quero beijar teus lábios e entorpecer-me com teu gosto.
Tu, que quase sempre desconheço
Estás em mim e em meus refúgios.
Meu peito se perturba:
Eis que me toca, porém não me sente...
Tanta ilusão, tanto amor estocado
Tanta vontade!
Delírios...
Jurei reter teu vulto indecente e nefasto.
Mas o medo, a dor, o vazio
Precipitam meus desvios
E então acompanho teus gemidos com leves mordidas
Pois tu és sonoro e preciso
Despudorado em cada sequência, em cada movimento
Quero, além de tudo, sociabilizar-me com teu cheiro
Quero tudo aos corpos permitido!
No fim, que a dor seja extinta
E a gente se comunique por telepatia
CARDIOPATIA! Sê amor, nada mais
E então poderei dar-te tudo o que desejas
Como querer-te em partes?
Como pode aceitar-me em partes?
Quero conquistar teu destino
Antes que seja tarde!

Amor

Aqui eu te amo.
Nos escuros pinheiros se desenlaça o vento.
Fosforece a lua sobre as águas errantes.
Andam dias iguais a perseguir-se.
Descinge-se a névoa em dançantes figuras.
Uma gaivota de prata se desprende do ocaso.
As vezes uma vela. Altas, altas, estrelas.
Ou a cruz negra de um barco.
Só.
As vezes amanheço, e minha alma está úmida.
Soa, ressoa o mar distante.
Isto é um porto.
Aqui eu te amo.
Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte.
Estou a amar-te ainda entre estas frias coisas.
As vezes vão meus beijos nesses barcos solenes,
que correm pelo mar rumo a onde não chegam.
Já me creio esquecido como estas velha âncoras.
São mais tristes os portos ao atracar da tarde.
Cansa-se minha vida inutilmente faminta..
Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante.
Meu tédio mede forças com os lentos crepúsculos.
Mas a noite enche e começa a cantar-me.
A lua faz girar sua arruela de sonho.
Olham-me com teus olhos as estrelas maiores.
E como eu te amo, os pinheiros no vento,
querem cantar o teu nome, com suas folhas de cobre.
Pablo Neruda

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pema do Perdão

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Perdão
Um dia eu magoei
Magoei a quem amo
Magoei por não ser perfeito
Magoei sem saber ou pensar no que estava fazendo.
Um dia eu fui magoado
Magoado pela minha imperfeição
Magoado por minha suscetibilidade
Magoado no meu orgulho.
O amor sempre vence
Vence tudo o que nos aflige
Vence todos que se prejudicam
Vence a mim.
Mais uma vez eu peço perdão
Perdão a quem amo
Perdão com o mais profundo sentimento
Perdão pela mágoa provocada.
Um dia eu magoei
Um dia eu fui magoado
O amor sempre vence
Mais uma vez eu peço perdão.
(Autor: Felipe Mollati)
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domingo, 1 de maio de 2011

Sobre a vida...

Nós humanos somos seres estranhos. Nunca estamos felizes com nada. Vivemos sempre buscando algo que não temos, e o que temos já não nos importa. Algo como: a felicidade está em um patamar acima do nosso e estamos sempre a buscá-la. Enfim, por mais que tenhamos bens, saúde, uma familia, sempre falta algo. Que seja algo distante, que seja impossível, pois será isso que iremos desejar, ainda que o que precisamos, de fato, esteja ao alcance de nossas mãos.
Carros, casas, bens, dinheiro, dinheiro. Seria essa a definição ideal de felicidade? Não sei, a resposta não é tão simples. Talvez a felicidade não se resuma nessas coisas, em bens materias, embora estas coisas ajudem muito. Talvez, as coisas mais mais valiosas que temos, por mais démodé que seja, são amores. Não amores carnais apenas, paixões, mas sim amores, amores pelo simples viver, do amanhecer de um dia, de uma vida envolta de prazeres simplórios, e que não são necessariamente relacionados a dinheiro. Tá, reconheço que isso é filosófico demais, mas é realidade. Afinal, a vida deve ser encarada como um simplicidade impressionante, porque a vida é mesmo complexa. Mas é difícil ver simplicidade na vida, porque, aliás, a felicidade é, além de tudo, complexa.
Quando criança, eu queria ser adulto, mas por que cargas d’água hoje eu gostaria de ser criança? Por que sentimos falta daquilo que tivemos, e que sempre desejamos descartar?
Afinal, o que te faz feliz? O que nos faz feliz? O que é ser feliz? Talvez seja a esperança de saber que o amanhã poderá ser melhor, e é por isso que batalhamos hoje. É, talvez ser feliz seja isso: viver o que temos pra viver da maneira que podemos.